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Postado em 15 de março de 2017 • por Redação Publicado em Música •
Roger Hodgson: “Minhas canções são um alívio para as pessoas”
Foto: Divulgação / CP
O ex-vocalista da banda britânica Supertramp, Roger Hodgson, irá passar por sete cidades brasileiras com a turnê “Breakfast in America” a partir desta quarta-feira, quando se apresenta em São Paulo. A quarta parada desse giro pelo país será em Porto Alegre, na próxima terça-feira, às 21h30min, no Pepsi On Stage (Severo Dullius, 1995). Os ingressos estão disponíveis pelo
site e nas lojas Multisom, da rua dos Andradas, 1001. Nesta tour, ele apresenta clássicos como “Hide in Your Shell’, “Had a Dream”, “Only Because of You” e “Along Came Mary” e promete fazer todos voltarem no tempo com músicas que são impossíveis de não serem lembradas. Roger Hodgson nasceu em Portsmouth, na Inglaterra, em 21 de março de 1950 e no palco do Pepsi On Stage estará completando 67 anos. Ele começou a escrever canções aos 12 anos e tocou a primeira vez para público aos 13. Em 1969, ele foi um dos fundadores do Supertramp. Os maiores sucessos da banda foram escritos em sua maioria por ele. A canção “Dreamer”, do disco “Crime of the Century” (1973), foi o primeiro grande sucesso comercial. Roger lembra que voltava de uma viagem ao Marrocos no início de 1975 e se surpreendeu com a capa da Melody Maker dizendo que eles eram o número 1 e “Dreamer” era um sucesso e tocava em todas as rádios do mundo. “Foi apavorante e emocionante para mim ter a minha primeira canção de sucesso”, diz. O músico ficou até 1983 com o Supertramp e depois seguiu carreira solo. Já o grupo continuou com Rick Davies e outros integrantes, mas enveredou para um lado mais progressivo e jazzístico, sem tanta pegada pop e lirismo nas letras. O primeiro álbum solo de Roger, “In the Eye of the Storm” (1984) vendeu dois milhões de cópias e ele tocou todos os instrumentos. Depois foram outros três discos de inéditas, um DVD e dois discos com clássicas da sua carreira. Atualmente, ele tem mais de 60 músicas compostas e ainda não gravadas. Nesta entrevista, Roger fala do Supertramp, da mensagem de suas composições, de música brasileira, de espiritualidade e do que tem ouvido atualmente.
Correio do Povo: Qual o significado das músicas criadas para o Supertramp à época e atualmente?
Roger Hodgson: Todas as minhas canções são extremamente pessoais. Elas dizem muito do que se passa pelo coração, pela alma minha e das pessoas. Em canções como “Dreamer”, “The Logical Song”, “Give a Little Bit”, “Take the Long Way Home” temos a alegria, a dor, a emoção do momento. São canções de manifestações de vivências. As mensagens permanecem as mesmas, mas a vida ao redor era diferente. Acho que ficou mais dolorido, desafiador e difícil viver. As minhas canções são um alívio para as pessoas. Eu sinto isso em relação ao retorno do público. Para mim, como artista, é sempre essencial trazer as pessoas para bem próximo de mim nos discos e nos shows. Nesta turnê pelo Brasil, quero trazer as pessoas para perto e que elas por duas horas se esqueçam de qualquer problema, que mergulhem no universo do Supertramp e do Roger Hodgson, que sejam minhas cúmplices nesta jornada.
CP: A partir da análise de suas composições e de suas entrevistas, percebe-se que a espiritualidade é um dos fatores que dão grande carga a suas músicas. É correto afirmar isto?
Roger Hodgson: Eu não separo o que é espiritual e o que é carnal na minha vida. Tudo na minha vida é espiritual e profundo. Estamos numa grande jornada. Acredito que estamos numa das nossas passagens por este plano. Meu desejo é de servir aos outros com minha música e voltar mais e mais vezes. Precisamos estar a serviço das outras pessoas. Minha missão é esta, a da música, é parte do que eu sou. Estou muito contente de ser músico e poder aprender a conhecer esta vida, o verdadeiro amor, expressando minha vida, minha dor e alegria. Não sou diferente da maioria das pessoas que ouvem canções como “Dreamer” e “The Logical Song” e têm uma transformação em suas vidas durante aqueles instantes. O segredo mais valioso e mágico da vida é fazer algo tocante, que ajude as pessoas a seguir nesta jornada.
CP: O que você conhece da música brasileira?
Roger Hodgson: Para mim, a música brasileira sempre vai representar a alegria, o espírito livre, a celebração da vida, a felicidade mesmo que momentânea. Eu não conheço muita coisa da música brasileira, mas tudo que ouço parece ser feito com alegria, paixão, ânimo.
CP: E sobre o show da turnê brasileira, o que o público pode esperar?
Roger Hodgson: Eu quero que as pessoas tenham as melhores experiências nestes shows, que ponham para fora o amor profundo pelas canções do Supertramp, como eu mesmo tenho. Que ouçam, vejam e sintam “The Logical Song”, “Breakfast in America”, “Give a Little Bit”, “School”, ”It´s Raining Again”, “Take the Long Way Home”, com aquele sentimento profundo e também sintam “Lovers in the Wind” e “Only Because of You”, da minha carreira solo. Sou abençoado por poder ainda estar tocando estas músicas e ver o público chorar, rir, cantar e dançar intensamente.
CP: É impossível fugir da pergunta se não há possibilidade de uma reunião com Rick Davies para voltar a formar o clássico Supertramp?
Roger Hodgson: Eu penso que o Supertramp tomou outros caminhos e que sempre é possível. Tento que estes meus shows tenham o espírito daquele Supertramp, que não é mais o mesmo atualmente. O tempo é o único que pode dizer se faremos uma “reunion”. Espero que seja possível. Hoje não é.
CP: E os planos para um novo disco?
Roger Hodgson: Atualmente estou focado na turnê, que é bem longa para a minha idade. Depois da América do Sul, teremos Europa e Canadá. Ficamos até outubro na estrada. Tenho umas 60 músicas compostas e ainda não gravadas. Depois da turnê, quero gravar as faixas e aí selecionar o material para um novo CD, quem sabe em 2018. O mercado da música está mudando muito, mas creio que um CD e outros formatos digitais podem estar saindo no próximo ano.
CP: O que você tem ouvido atualmente?
Roger Hodgson: Não tenho ouvido tanta música, mas tem alguns artistas que amo. O duo Secret Garden, formado por uma irlandesa e um norueguês, é um exemplo da mais bela música celta, com requinte musical e que toca o coração da gente profundamente. Outra banda que faz uma música absolutamente elaborada e que passa a mensagem musical e de emoção é o Muse. Gosto muito destes dois trabalhos.
Por Luiz Gonzaga Lopes
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Roger Hodgson: “Minhas canções são um alívio
para as pessoas”
Please note: Translation is approximate and may include
some inaccuracies.
Posted March 15, 2017 • Posted in Music •
Roger Hodgson: "My songs are a relief to the people"
Photo: Press Release / CP
The former singer of British band Supertramp, Roger Hodgson, will go through seven Brazilian cities with the "Breakfast in America" tour starting Wednesday, when he performs in São Paulo. The fourth stop of this tour around the country will be in Porto Alegre, next Tuesday, at 9.30pm, at Pepsi On Stage (Severo Dullius, 1995). The tickets are available through the site and at the stores Multisom, Calle 100 Andradas. In this tour, he presents classics such as "Hide in Your Shell", "Had a Dream", "Only Because of You" and "Along Came Mary"
and promises to make everyone go back in time with songs that are impossible not to remember. Roger Hodgson was born in Portsmouth, England, on March 21, 1950 and on stage at Pepsi On Stage will be turning 67. He started writing songs at age 12 and played the first time for audiences at 13. In 1969, he was one of the founders of Supertramp. The band's biggest hits were written mostly by him. The song "Dreamer" from the album "Crime of the Century" (1973) was the first major commercial success. Roger remembers returning from a trip to Morocco early in 1975 and was surprised by the cover of Melody Maker saying that they were number 1 and "Dreamer" was a hit and played on all the radios in the world. "It was terrifying and exciting for me to have my first hit song," he says. The musician remained until 1983 with the Supertramp and later followed his solo career. Already the group continued with Rick Davies and other members, but moved to a more progressive and jazzy side, without so much pop footprint and lyricism in the lyrics. Roger's first solo album, "In the Eye of the Storm" (1984) sold two million copies and he played all the instruments. Then there were three other unreleased albums, a DVD and two classic albums of his career. He currently has over 60 songs
composed that have not yet been recorded. In this interview, Roger talks about Supertramp, the message of his compositions, Brazilian music, spirituality and what he has heard today.
Correio do Povo: What is the meaning of the songs created for Supertramp at the time and at present?
Roger Hodgson:
All my songs are extremely personal. They say a lot about what goes on in the heart, in my soul and in people. In songs like "Dreamer", "The Logical Song", "Give a Little Bit", "Take the Long Way Home" we have the joy, the pain, the emotion of the moment. They are songs of manifestations of experiences. The messages remain the same, but life around was different. I think it got more painful, challenging and difficult to live. My songs are a relief to people. I feel this in relation to the public's return. For me, as an artist, it is always essential to bring people closer to me on records and shows. In this tour of Brazil, I want to bring people closer and let them for two hours forget about any problems, plunge into the universe of Supertramp and Roger Hodgson, who are my accomplices in this journey.
CP: From the analysis of your compositions and interviews, one realizes that spirituality is one of the factors that give great
weight to your songs. Is it correct to say this?
Roger Hodgson: I do not separate what is spiritual and what is carnal in my life. Everything in my life is spiritual and profound. We are on a great journey. I believe we are
on a passage of this plane. My desire is to serve others with my music and come back more and more times. We need to be at the service of other people. My mission is this, that of music, it's part of who I am. I am very happy to be a musician and to learn to know this life, true love, expressing my life, my pain and joy. I am no different from most people who listen to songs like "Dreamer" and "The Logical Song" and have a transformation in their lives during those moments. The most valuable and magical secret of life is to do something touching, to help people to follow in this journey.
CP: What do you know about Brazilian music?
Roger Hodgson: For me, Brazilian music will always represent joy, the free spirit, the celebration of life, happiness even if momentary. I do not know much about Brazilian music, but everything I hear seems to be done with joy, passion, spirit.
CP: What about the Brazilian tour show, what can the public expect?
Roger Hodgson: I want people to have the best experiences at these shows, to put out the deep love for the songs of Supertramp, as I have myself. Let them listen, see and feel "The Logical Song", "Breakfast in America", "Give a Little Bit", "School", "It's Raining Again", "Take the Long Way Also feel "Lovers in the Wind" and "Only Because of You" from my solo career. I am blessed to be able to still play these songs and see the audience cry, laugh, sing and dance intensely.
CP: Is it impossible to get away from the question if there is no possibility of a meeting with Rick Davies to re-form the classic Supertramp?
Roger Hodgson: I think Supertramp has taken other paths and that is always possible. I try that these my shows have the spirit of that Supertramp, which is not more the same nowadays. Time is the only one that can say if we will make a "meeting". I hope it's possible. Not today.
CP: And the plans for a new album?
Roger Hodgson: I'm currently focused on the tour, which is pretty long for my age. After South America, we will have Europe and Canada. We stayed until October on the road. I have about 60 songs composed and not yet recorded. After the tour, I want to record the tracks and then select the material for a new CD, maybe in 2018. The music market is changing a lot, but I think a CD and other digital formats may be coming out next year.
CP: What have you heard today?
Roger Hodgson: I have not heard so much music, but there are some artists I love. The duo Secret Garden, consisting of an Irish and a Norwegian, is an example of the most beautiful Celtic music, with musical refinement and that touches the hearts of people deeply. Another band that makes a song absolutely elaborated and that passes the musical message and of emotion is Muse. I really like these two works.
By Luiz Gonzaga Lopes
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Roger Hodgson: "My songs are a relief to the
people" |